Quem me
conhece sabe que mal a criança sai cá para fora começa a minha contagem
decrescente para voltar à minha forma física anterior.
Foram quatro filhos, afinal...
Na primeira, eu tinha mais 3 kg do que o meu peso habitual
(pesava 55kg) e engordei 12kg durante a gravidez. Tinha 24 anos, era
inexperiente e sabia ainda pouco sobre o assunto.
Lembro-me de estar preocupada
com o ganho excessivo de peso, mas não me pesava regularmente. Estava com o
Pedro nem há um ano, portanto as jantaradas e programas a dois eram muito
frequentes! Fui a uma dermatologista de propósito para saber qual o melhor
creme para espalhar no corpo de uma grávida – Velastisa Anti-Estrias. O creme
que não abdiquei durante as 4 gravidezes!! Fez milagres comigo! Mas era
inexperiente, punha creme duas vezes por dia mas apenas nas zonas mais
flagrantes (peito, barriga e nádegas), daí terem-me aparecido uns vergões no
fundo das costas (onde nunca pus) que mais tarde tive de tratar com lazer. A
recuperação foi mais lenta, mas nada demais. O meu peso habitual na altura,
como já referi, eram mais 3/4kg do que aquilo que peso agora.
Na segunda gravidez as coisas foram bem diferentes. Já
trabalhava no ginásio há algum tempo e portanto já sabia bem mais sobre o
assunto.
Foi definitivamente um “aprimorar” do processo apesar de ter começado com o mesmo peso inicial (55,5kg) que a gravidez da Sofia. Fiz um
quadro excel que colei na parede do W.C., bem por cima da balança. Pesava-me
todos os dias para poder controlar o ganho de peso.
Fiz exercício físico durante
toda a gravidez, apesar de serem aulas leves. Já punha o creme em todo o lado e
mais algum. Engordei 9kg durante a gravidez mas foi a primeira vez que descobri
que 52kg era definitivamente o “meu” peso ideal.
Foi a primeira vez que consegui ficar “seca”. Não era
preciso contrair a barriga para se verem os meus abdominais. Fiquei com os
braços e pernas delineados. Foi aqui que descobri que não importa só comer bem,
importa também (e muito) as porções daquilo que comes. O meu corpo mudou drasticamente
depois disto. A Alice foi a bebé mais difícil que tive. Lembro-me de ter 15
minutos para treinar porque simplesmente era o tempo que aquela estaferma
dormia. Arredava com a mesa de centro da sala e treinava sem parar durante
aqueles 15 minutos. Cheguei a treinar muita das vezes à meia noite. Foi nesta
gravidez que adoptei também o tipo de treino intervalado. Fartei me de
pesquisar sobre o assunto. Lembro me de gostar tanto deste tipo de treino e dos
resultados, que era raro receber visitas lá em casa sem as convencer a fazerem
uns burpees comigo na sala.
A minha recuperação foi rápida. Foi a primeira vez que pesei
52 kg. E se acham que o resto do mundo bate palmas, enganem-se.
“Estás magra demais, Sara!”
“Mas o que te aconteceu, a criança não te dá descanso?”
“A tua cara está esquelética. Não gosto de te ver assim.
Estavas bem melhor como estavas…”
Foi também a primeira vez que me apercebi que quem passa por
um processo de perda de peso tem de obrigatoriamente passar por este “teste”.
Faz parte. As pessoas não estão preparadas para ter ver mais magra e vais ouvir
muitos destes comentários. Mantém-te firme. Quando o resto do mundo se habituar,
pesquisas mais tarde fotos de como eras e voilá! Afinal não estás assim tão
magra, antigamente estavas era roliça!
Duas filhas… bora lá tentar o boy!!
Se me perguntassem, na primeira e segunda gravidez, se
queria saber o sexo da criança, é CLARO QUE SIM! Mas na terceira e última
(achava eu) fez sentido não saber. Apimentou as coisas.
Se na segunda gravidez eu tive muito mais cuidado, numa
terceira eu queria acabar em grande.
Como adoro desafios, decidi criar um
diário alimentar e um diário de treinos. Apontei exatamente tudo o que comi, as
horas a que comi, as quantidades, e, muita das vezes, com fotografia e tudo.
Com os treinos foi igual. Escrevi todos os treinos que fiz (bem mais potentes
que os que fiz na Alice – adicionei imensos pesos e enquanto me senti bem não
abrandei) com o quadro das pesagens também sempre presente. Comecei a escrever
no dia em que soube que estava grávida e só parei quando atingi o meu peso, no
pré-parto. Tenho 5 cadernos em casa com isto tudo. Adoro revê-los de tempos a
tempos. Engordei 8kg.
Atingi o meu peso num pulinho. Dia 2 de Maio ela nasceu, 3
meses depois já pesava 52kg.
Estava pronta para me pôr dentro dos meus bikinis
em pleno Agosto e com uma bebé de fraldas. Adoro.
Ninguém previa, mas 1 ano e meio depois lá estava eu grávida outra vez. Não foi planeado. Mas… Let´s do this!
Desta vez a magia já não é nenhuma, queres saber logo o sexo
da criança (por favor um rapaz, por favor um rapaz, por favor um rapaz…!!!) e
só queres ter um filho, já não queres estar grávida.
Já toda a gente torcia por nós: a família, os amigos a ginecologista
e a ecografista … Na eco das 12 semanas não deu para ver o sexo, mas ela ficou
tão sensibilizada pela nossa coragem que mandou-nos lá voltar uma semana depois
para tirar dúvidas… It´s a boy!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Lembro-me de ter demorado algum tempo até cair em mim.
Desta vez a recuperação foi mais descontraída. Tive muito
cuidado durante a gravidez, até porque estive no activo até muito tarde (3
semanas antes dele nascer) e, portanto, engordei os 8kg.
1 mês e meio depois dele nascer comecei a trabalhar!
Ele tem agora 2 meses e meio e ainda me faltam 1,5kg para
perder e alguma gordura localizada na barriga e coxas. Foi a primeira vez que “descontraí”
mais em relação à recuperação e sei perfeitamente porquê: falta tanto para o
verão chegar :) :) :) !!
Já me serve tudo à excepção das calças de ganga mais justas.
Mas sinto-me bem. Sei que vou lá chegar porque conheço bem o caminho.
Que fique bem claro que é a última vez que o percorro :)!
Sem comentários:
Enviar um comentário