(Espancamento à Petra por me ter pedido o lanche durante um jogo do Benfica)
Os putos eram verdadeiros terroristas! Fizeram concursos um com o outro para ver quem é que gritava mais alto, fizeram corridas entre as mesas, fizeram competicões de saltos entre sofás, atiraram areia um ao outro, aos pais e a vários outros clientes do restaurante, etc., etc., etc,...
Os pais eram do género de quem acha que é proibido proibir, que acreditam que um tabefe no rabo deixa marcas psicológicas para o resto da vida e que a melhor maneira de mostrar a um miúdo de 3 anos que não pode deitar uma pazada de areia para dentro da sangria das outras pessoas é dialogar com ele e explicar-lhe os prós e os contras do seu comportamento.
O diálogo que se seguiu, entre o pai e o puto, após a referida pazada, foi esclarecedor da pertinência pedagógica de tão brilhante técnica:
"- Ó Tiago, não podes atirar areia aos senhores..."
"- AAAAAAAAAAAEEEIIIIIIIAAAAAA!"
"- Tiago, não grites com o pai... O pai está a falar contigo! Estou a explicar-te..."
"- AAAAAIIIAAAAAEEEEEEEEEEEE"
"- Tiago, estás a ser mau!! Assim fico triste..."
(O Tiago dá uma chapada no pai)
"- AAAAEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!"
"- Tiago!! Isso não se faz!!!"
(O Tiago atira uma mão cheia de areia para a boca do pai)
"- AAAAAUUUUAAAAAAAAA"
"- Tiago, estou muito zangado!!!"
...
E pronto!! Tenho a certeza que o Tiago percebeu claramente que procedeu mal e que nunca mais vai repetir...
Eu já estava verde! Não consigo entender como é que alguns pais não percebem que, antes de sermos "amigos" dos nossos filhos, somos pais e que temos obrigação de definir limites, dizer que não quando é para dizer que não, e orientar os comportamentos dos nossos filhos.
As nossas filhas não são perfeitas (longe disso e ainda bem!), mas tenho muito orgulho quando vejo que elas compreendem perfeitamente, desde muito cedo, o que é que podem ou não fazer e até onde é que podem ir, nas diferentes situações. É claro que, como qualquer criança, todas elas nos testaram (a Alice, então...). Tentaram esticar os limites, tentaram impôr a sua vontade, tentaram fazer valer a sua "opinião" em deterimento da nossa, fizeram birras e tentaram desobedecer às nossas regras. Mas, também, rapidamente perceberam que aqui em casa não existe uma democracia; existe uma ditadura. O pai e a mãe fazem as regras, dizem o que é que pode ou não ser feito e elas têm de obedecer (é claro que à medida que vão crescendo a argumentação e a explicação racional vão assumindo um papel cada vez maior e nos vamos "democratizando"). Era só o que mais faltava que nós, pais, nos colocássemos ao mesmo nível que uma pirralha de 3 anos!
Desde sempre que estamos de acordo, eu e a Sara, nas linhas de educação que damos aos miúdos. Temos escadas e piscina em casa, e sempre conseguimos que elas cumprissem escrupulosamente as regras de segurança que definimos. A receita tem sido simples e tem funcionado: à primeira tentativa de porem uma mãozinha na escada ou de se aproximarem da piscina sem autorização levam vários tabefes na fralda (que fazem muito mais barulho do que dor) e um ralhete de dimensões épicas. Assustamo-las tanto que, durante uns tempos, nem ao colo se querem aproximar. E isto tem funcionado praticamente para tudo... Birra a espernear no chão? Tabefe na fralda e ralhete! Levantar a mão a um avô?? Super tabefe na fralda e super ralhete...
Enfim...rapidamente percebem quais são os limites que não podem ultrapassar, e que o que os pais dizem é para ser obedecido.
Hoje em dia, tendo a Sofia 9 anos, a Alice 6 e a Petra 2, já é muito raro (pelo menos para as duas mais velhas) dar um tabefe no rabo. Elas sabem perfeitamente até onde é que podem ir. Não ficaram traumatizadas, não ficaram recalcadas, não tiveram menos mimos do que as outras crianças, não gostam menos dos pais do que as outras crianças...
O diálogo que se seguiu, entre o pai e o puto, após a referida pazada, foi esclarecedor da pertinência pedagógica de tão brilhante técnica:
"- Ó Tiago, não podes atirar areia aos senhores..."
"- AAAAAAAAAAAEEEIIIIIIIAAAAAA!"
"- Tiago, não grites com o pai... O pai está a falar contigo! Estou a explicar-te..."
"- AAAAAIIIAAAAAEEEEEEEEEEEE"
"- Tiago, estás a ser mau!! Assim fico triste..."
(O Tiago dá uma chapada no pai)
"- AAAAEEEEEEEEEEEEEEEEE!!!!!"
"- Tiago!! Isso não se faz!!!"
(O Tiago atira uma mão cheia de areia para a boca do pai)
"- AAAAAUUUUAAAAAAAAA"
"- Tiago, estou muito zangado!!!"
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E pronto!! Tenho a certeza que o Tiago percebeu claramente que procedeu mal e que nunca mais vai repetir...
Eu já estava verde! Não consigo entender como é que alguns pais não percebem que, antes de sermos "amigos" dos nossos filhos, somos pais e que temos obrigação de definir limites, dizer que não quando é para dizer que não, e orientar os comportamentos dos nossos filhos.
As nossas filhas não são perfeitas (longe disso e ainda bem!), mas tenho muito orgulho quando vejo que elas compreendem perfeitamente, desde muito cedo, o que é que podem ou não fazer e até onde é que podem ir, nas diferentes situações. É claro que, como qualquer criança, todas elas nos testaram (a Alice, então...). Tentaram esticar os limites, tentaram impôr a sua vontade, tentaram fazer valer a sua "opinião" em deterimento da nossa, fizeram birras e tentaram desobedecer às nossas regras. Mas, também, rapidamente perceberam que aqui em casa não existe uma democracia; existe uma ditadura. O pai e a mãe fazem as regras, dizem o que é que pode ou não ser feito e elas têm de obedecer (é claro que à medida que vão crescendo a argumentação e a explicação racional vão assumindo um papel cada vez maior e nos vamos "democratizando"). Era só o que mais faltava que nós, pais, nos colocássemos ao mesmo nível que uma pirralha de 3 anos!
Desde sempre que estamos de acordo, eu e a Sara, nas linhas de educação que damos aos miúdos. Temos escadas e piscina em casa, e sempre conseguimos que elas cumprissem escrupulosamente as regras de segurança que definimos. A receita tem sido simples e tem funcionado: à primeira tentativa de porem uma mãozinha na escada ou de se aproximarem da piscina sem autorização levam vários tabefes na fralda (que fazem muito mais barulho do que dor) e um ralhete de dimensões épicas. Assustamo-las tanto que, durante uns tempos, nem ao colo se querem aproximar. E isto tem funcionado praticamente para tudo... Birra a espernear no chão? Tabefe na fralda e ralhete! Levantar a mão a um avô?? Super tabefe na fralda e super ralhete...
Enfim...rapidamente percebem quais são os limites que não podem ultrapassar, e que o que os pais dizem é para ser obedecido.
Hoje em dia, tendo a Sofia 9 anos, a Alice 6 e a Petra 2, já é muito raro (pelo menos para as duas mais velhas) dar um tabefe no rabo. Elas sabem perfeitamente até onde é que podem ir. Não ficaram traumatizadas, não ficaram recalcadas, não tiveram menos mimos do que as outras crianças, não gostam menos dos pais do que as outras crianças...
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